segunda-feira, 1 de junho de 2009

O Relógio



(Khawajah Nasr Al-Din)
Turquia

O mundo é, para cada um, de uma cor, depende da maneira como o vemos! Na visão do otimista, um infortúnio se transforma num recomeço, na do pessimista, no fim.
No conto O Relógio, percebemos isto claramente. Ele traz a mensagem de que devemos olhar para o mundo com praticidade, problematizar menos e criar mais soluções. Também, e não menos importante, que devemos saber pedir, pois quando ao Mullá fora solicitada uma providência para solucionar o defeito do relógio, a este fora sugerida “qualquer” providência, e isto foi feito, entretanto, não agradou ao solicitante.
Devemos saber escolher bem as palavras que usamos.

sexta-feira, 29 de maio de 2009

कुएम É VOCÊ?


Um padre Norte Americano chamado Anthony de Mello escreveu alguns contos bastante interessantes que nos fazem refletir sobre a vida.
Entre eles podemos encontra o conto Quem é você?, onde uma senhora que estava à beira da morte teve uma experiência extra corpórea e fora conduzida ao paraíso onde foi julgada perante um trono e lá fora questionada sobre quem era. Suas respostas foram pouco satisfatórias pois ela revelava o que fazia, com quem era casada, que era mãe, entre outras coisas, entretanto não conseguia descrever-se enquanto pessoa.
Podemos perceber que no nosso cotidiano assim também nos comportamos, somos, professores, bombeiros, empresários, feios, bonitos, altos, claros, entre tantas outras coisas, mas raramente ouvimos a seguinte resposta para a pergunta que dá o título a esta pequena resenha:
- Eu sou um homem cheio de dúvidas, com muitas aspirações, às vezes bom, às vezes mau, que consegue esconder os sentimentos, fazer graça da desgraça, que rio à toa, mesmo de mim mesmo, que sempre é leal a uma amizade e capaz de se doar às pessoas erradas, como mágica, , como todos os outros.

sexta-feira, 3 de abril de 2009

A MBOITATÁ

Este é um conto regional, brasileiro, gaúcho (é uma das poucas superstições entre os camponeses rio-grandenses) , escrito por J.Simões Lopes Neto, de seu livro Lendas do Sul, em 1913.
Embora se faça referência de sua grafia como exposta no título, é comum também vê-la grafada sem o “M” inicial (em BOITATÁ), e mesmo tendo se tornado popular através do escritor acima descrito, existem referências à lenda anteriores, feitas por José de Anchieta em 1560.
Existe até uma tentativa de explicar cientificamente as chamas produzidas pelo animal monstruoso através da teoria do Fogo-fátuo, que é uma labareda tênue e fugidia produzida pela combustão espontânea do metano e de outros gases inflamáveis que evaporam dos pântanos e dos lugares onde se encontram matérias animais em decomposição.
Mboitatá é uma palavra de origem guarany que significa: Mboy – cobra; e Tatá – fogo. Fica então popularmente conhecida como Cobra de Fogo, e a lenda gira em torno disso, embora também seja comum referir-se à criatura como um pássaro de fogo ou um touro.
Diz a lenda que houve uma noite muito longa e as pessoas ficaram apavoradas e achavam que ela não mais terminaria e aí houve grande dificuldade em se manter a ordem, começou a faltar alimento, não se encontrava carne, não se podia colher no escuro, então se perdia a safra inteira. Mais ainda se temia pois não se via nem o brilho da lua e nem das estrelas, a escuridão era tão plena que as pessoas tinham medo de não mais se encontrarem se ao longo do caminho se afastassem. Acabavam por ficar reunidas ao redor de pequenas fogueiras que não conseguiam ser alimentadas por muito tempo e acabavam por gerar pouquíssimo calor devido ao grande acumulo de brasas.
No princípio desta noite uma forte chuva caiu inundando todas as áreas baixas, os animais fugiram aos bandos e as pessoas somente sobreviveram por causa das fogueiras que haviam acendido que afugentava os animais.







Em uma gruta próxima viva a BOIGUAÇU (uma cobra gigantesca) e esta quase sempre estava dormindo। Tendo sua gruta também invadida pela água esta por pouco não morreu afogada e também migrou, entretanto não se aproximava dos outros animais, que haviam se aproximado para subsistir.



A chuva parara, mas a escuridão continuava e a fome aumentava muito pois os animais não conseguiam encontrar o caminho de volta। Todos brigaram entre si, sem ver exatamente com quem devido à escuridão। A Boiguaçu via tudo, pois tinha olhos imensos, que se adaptaram a escuridão, por só viver nesta। A imensa cobra também estava faminta e só não atacou por estarem os animais todos aglomerados, entretanto eles já não mais agüentavam de fome, estavam fracos e ela resolveu começar sua onda de ataques. Preferia comer olhos de animais. E assim foi, começou por atacar uma onça e comeu seus olhos após matá-la, e foi fazendo isto com todos os outros animais.



Como era muito fina sua pele, ela começou a ficar luminosa, por conta de tantos olhos comidos.
Alguns a viram e não mais a reconheceram, acharam que se tratava de outra cobra e passaram a chamá-la BOITATÁ।






Os habitantes, apavorados, achavam que qualquer um poderia se tornar nova vítima deste monstro।
Entretanto ela começou a se enfraquecer, pois somente comia olhos que, se por um lado a satisfizesse não a sustentavam, e assim, acabou morrendo, entretanto, sua luz se espalhou podendo tomar outras formas।
Tornou-se então um espírito protetor devendo tomar conta das campinas।
Com a sua morte, a grande noite findou-se।

Alessandro de Moura Freitas

Referências:
"Lendas do Sul" de J. Simões Lopes Neto. Editora Globo. 11a edição. 1983.
http://www.paginadogaucho.com.br/lend/mboi.htm
http://dicionario.babylon.com/
http://www.terrabrasileira.net/
patchwork.joyceloss.googlepages.com
http://images.elfwood.com/art/a/c/acarneiro/boitata.jpg.rZd.35783.jpg

domingo, 29 de março de 2009

Os contos de Pedro Malasartes








ão podia iniciar os comentários por outro que não fosse o grande malandro Pedro Malasartes. A origem deste caipira malandro não se sabe ao certo mas, embora ele tenha todas as características do caipira brasileiro, sabe-se que não é brasileira. Pedro Malasartes é um personagem que está presente no folclore de diversos países. Mesmo o grande romancista, dramaturgo e poeta espanhol Miguel de Cervantes Saavedra, escreveu sobre este ícone em sua comédia PEDRO DE URDEMALAS, que compõe o livro Ocho comedias y ocho entremeses nuevos (1615).













No Brasil, Pedro Malasartes se tornou uma especie de Robin Hood tupiniquim. Adorado pelo sertanejo, que ovaciona suas histórias, este ícone que ficou, famoso graças a sua difusão na tradição oral, teve um conto muito interessante, com nuances de origem, escrito pelo grande folclorista brasileiro Luís da Câmara Cascudo:

Um casal de velhos possuía dois filhos homens, João e Pedro, este tão astucioso
e vadio que o chamavam Pedro Malazarte. Como era gente pobre, o filho mais velho
saiu para ganhar a vida e empregou-se numa fazenda onde o proprietário era rico
e cheio de velhacarias, não pagando aos empregados porque fazia contratos
impossíveis de cumprimento. João trabalhou quase um ano e voltou quase morto. O
patrão tirara-lhe uma tira de couro desde o pescoço até o fim das costas e nada
mais lhe dera. Pedro ficou furioso e saiu para vingar o irmão.
Procurou o
mesmo fazendeiro e pediu trabalho. O fazendeiro disse que o empregava com duas
condições; não enjeitar serviços e do que primeiro ficasse zangado tirava o
outro uma tira de couro. Pedro Malazarte aceitou.
No primeiro dia foi
trabalhar numa plantação de milho. O patrão mandou que uma cachorrinha o
acompanhasse. Só podia voltar quando a cachorra voltasse para casa. Pedro meteu
o braço no serviço até meio-dia. A cachorrinha deitada na sombra nem se mexia.
Vendo que era combinação Malazarte largou uma paulada na cachorra que esta saiu
ganindo e correu até o alpendre da casa. O rapaz voltou e almoçou. Pela tarde
nem precisou bater na cachorra. Fez o gesto e o bicho voou no caminho.
No
outro dia o fazendeiro escolheu outra tarefa. Mandou-o limpar a roça de
mandioca. Pedro arrancou toda plantação, deixando o terreno completamente limpo.
Quando foi dizer ao patrão o que fizera este ficou feio.
- Zangou-se, meu
amo?
- Não senhor, - respondeu o patrão.
No outro dia disse que Pedro
trouxera o carro de bois carregado de pau sem nós. Malazarte cortou quase todo o
bananal, explicando que bananeira é pau que não tem nó. O patrão ficou frio:
- Zangou-se, meu amo?
- Não senhor.
No outro dia mandou-o levar o
carro, com a junta de bois, para dentro de uma sala numa casinha perto, sem
passar pela porta. E para melhor atrapalhar, fechou a porta e escondeu a chave.
Malazarte agarrou um machado e fez o carro em pedaços, matou os bois,
esquartejou-os e sacudiu, carnes e madeiras, pela janela, para dentro da sala. O
patrão, quando viu, ficou preto:
- Zangou-se, meu amo?
- Não senhor.
Mandou vender na feira um bando de porcos. Malazarte levou os porcos, cortou
as caudas e vendeu-os todos por um bom preço. Voltando enterrou os rabinhos num
lamaçal e chegou em casa gritando que a porcada esta atolada no lameiro. O
patrão foi ver e deu o desespero. Malazarte sugeriu cavar com duas pás. Correu
para casa e pediu à dona que lhe entregasse dois contos de réis. A velha não
queria mas o rapaz para certificá-la, perguntava ao patrão por gestos se devia
levar um ou dois, e mostrava os dedos. Ante aos gritos do amo, a velha entregou
o dinheiro ao Pedro. Voltou para o lameiro e começou a puxar a cauda de cada
porco que dizia estar enterrado. Ia ficando com todas na mão. O patrão ficou
suando mas não deu mostras de zanga. E Pedro ainda negou que tivesse recebido
dinheiro.
Vendo que ficava pobre com aquele empregado, o fazendeiro resolveu
matá-lo o mais depressa possível, de um modo que não o levasse à justiça. Disse
que andava um ladrão rondando o curral e deviam vigiar, armados, para prender ou
afugentar a tiros. A idéia era atirar em Malazarte e dizer que se tinha
enganado, supondo-o um malfeitor. De noite o fazendeiro foi para o curral e
Pedro devia substituí-lo ao primeiro cantar do galo. Quando o galo cantou,
Malazarte acordou a velha e disse que o marido a esperava no curral, e que
levasse a outra espingarda, porque ele, Pedro, ia fazer o cerco pelo outro lado.
A velha apanhou a carabina e foi, sendo morta pelo fazendeiro com um tiro certo
de que abatia, pelo vulto, o atrevido criado. Assim que a velha caiu, Pedro
apareceu chorando e acusando o amo. Este, assombrado pagou muito dinheiro para
não haver conhecimento da justiça e ofereceu ainda mais dinheiro se o Malazarte
se fosse embora, sem mais outra proeza. O rapaz aceitou e voltou rico para casa
dos pais.


Percebemos aí que Malasartes (ora grafado assim, ora grafado em Malazarte), parecia, inicialmente, ter grande senso de justiça, querendo punir poderosos que se aproveitavam de seu status e condição econômico/social para tirar proveito de pessoas menos favorecidas.

Entretanto, em diversos outros contos, percebemos que Pedro quer tirar vantagem em interesse próprio, como na Lenda dos Porcos, tida como uma de sua mais famosa história:
Pedro Malasartes conseguiu um emprego numa fazenda de porcos. Porém, o salário era pequeno demais para o ambicioso Pedro.Planejou um golpe: quando o seu patrão mandou tomar conta de quatro porcos, o enganador vendeu-os todos, mas os vende sem os rabo. Pedro enterrou os rabos na terra, e quando seu patrão chegou disse que os porcos haviam se enterrado no atoleiro. Seu patrão mandou-lhe pegar duas enxadas para salvar os supostos porcos enterrados. O esperto ambicioso foi logo pensando no dinheiro e teve uma idea. Disse à esposa de seu patrão para pegar as duas maletas em que o patrão guarda suas economias. A mulher, estranhando, mandou Pedro confirmar. E ele disse: 'Patrão, não é para pegar as duas?', e ele respondeu 'Sim, as duas'. Então, Pedro pegou as malas e saiu todo feliz com o salário, o dinheiro dos porcos vendidos e as maletas com as economias de seu pobre patrão que já não tinha mais nada.

Suas histórias se tornaram tão famosas e cativantes que diversos outros segmentos culturais também a quiseram reproduzir. Com o título Pedro Malazarte e a Arara Gigante, foi lançado o espetáculo infantil dirigido por Bob Bahlis e escrito por Jorge Furtado.



Crédito da foto: Vilmar Carvalho


No cinema, este fora interpretado por ninguém menos que Amacio Mazzaropi, no filme As Aventuras de Pedro Malasartes, de 1960.



“ Não sei a origem do seu nascimento
no meu pensamento ele veio de marte
Talvez ele seja de outro planeta
Pior que o capeta só fazia arte
Seu tipo gozado seu jeito manhoso
Ficou fabuloso por todas as partes
Seu nome completo não foi conhecido
Mas seu apelido é Pedro Malazarte

Assim era Pedro muito inteligente
Não tinha parente nem destino certo
Não era assassino nem homem covarde
Dizia a verdade era muito esperto
Se existe um ditado é que toda maldade
Mais cedo ou mais tarde será descoberta
As artes do Pedro se alguém descobria
O Pedro já ia pra outro deserto

Em todos os lugares que ele chegava
Dizia que estava sem “colocação”
Com muita conversa
Num papo danado
Já era ajustado com muita atenção
Tudo que mandava ele atendia
Mas tudo fazia na sua opinião
Mas com muito tempo, era despachado,
Se não empregado, virava patrão

Assim foi vivendo na base da trama
E a sua fama se esparramou
Até a princesa de um grande reinado
Pelos seus agrados se apaixonou
Sabendo a verdade o rei soberano
Traçou vários planos mas não adiantou
O resto da história eu conto de uma vez
Com a filha do rei o Pedro se casou.”


Até música o malandro virou! Composta por Samuel Gervázio de Oliveira e José Sônigo a canção O Pedro Malazarte foi gravada pela dupla Zé Tapera e Teodoro no disco Surpresa Da Vida (1969), que também gravaram a célebre Fuscão Preto, de Atílio Versuti e Jeca Mineiro.

Além desta composição, ainda na música, temos sua vertente também na música erudita. O esperto personagem do folclore brasileiro foi tornado ópera em Malazarte, de Lorenzo Fernândez e Graça Aranha, escrita entre 1931 e 1933, e Pedro Malazarte, de Camargo Guarnieri e Mário de Andrade, escrita em 1932.
Pedro Malazarte se tornou um grande representante da cultura popular brasileira e suas histórias conseguem ter uma crítica social muito suave o que as tornam interessantes e divertidas.

REFERÊNCIAS:
http://www.abrasoffa.org.br/folclore/lendas/malasartes.htm
http://www.agapea.com/libros/Ocho-comedias-y-ocho-entremeses-nuevos-isbn-8460035379-i.htm
http://www.anppom.com.br/
http://www.bangue.com.br/pedro.pdf
http://www.cervantesvirtual.com/servlet/SirveObras/cerv/01305053199460838422680/index.htm
http://pt.wikipedia.org/
http://es.wikipedia.org/
http://www.guesaerrante.com.br/
http://www.interfilmes.com/
http://www.jangadabrasil.com.br/novembro39/im39110c.htm
http://www.letras.com.br/biografia/ze-tapera-e-teodoro
http://letras.terra.com.br/ze-tapera-teodoro
http://saudade-da-minha-terra.blogspot.com/
http://www.zap-letras.com/
http://www.youtube.com/

O CONTO E SUA ESTRUTURA

O conto é um texto de pequena extensão, normalmente bem curto (menor que a novela ou o romance) e empolgante, o que torna este limitado aos fatos relevantes. O enredo, basicamente, uma estrutura que começa com uma breve apresentação, depois a história é levada a uma pequena “complicação”, atingindo aí o seu clímax e culminando com um desfecho, que, em alguns casos, deixa o final do conto em aberto, cabendo ao leitor colocar suas próprias impressões sobre o fato e criar o seu fim de fato.
Quanto ao gênero é apresentado em forma de narrativa e quanto à forma de escrever em prosa. Este gênero apresenta grande flexibilidade, podendo até mesmo tornar-se bem parecido com uma crônica ou uma poesia. Alguns historiadores acreditam que este gênero descenda do mito, da lenda, da parábola, do conto de fadas e, até mesmo, das anedotas.

Embora seja composto de todos os elementos de uma narrativa, tem poucos personagens o que delimita, consubstancialmente, o tempo e o espaço. Apresenta apenas um clímax, enquanto em um romance, por exemplo, a obra vai se desdobrando através de vários outros conflitos, que podem ser entendidos como secundários. Isto faz o conto ser sucinto.
A origem do Conto, enquanto forma literária, é pouco divergente, entretanto imprecisa já que o primeiro momento em que se pode perceber o uso dessa estrutura foi numa fase oral, conforme estudos de Vladimir Propp (A morfologia do conto maravilhoso), pois, mesmo havendo textos que podem ser considerados contos desde O livro do mágico, que data de cerca de 4000 a.C. (momento em que é registrado o início da fase escrita dos contos, no Egito) até à Bíblia, entende-se que Giovanni Boccaccio (1313 – 1375), no século XIV, estabeleceu as bases dessa forma narrativa em seu livro Decameron. O conto, na verdade, nasceu de maneira humilde e anônima e era um relato simples e despretensioso de situações fictícias para ser apreciado em momentos de entretenimento.
Então, o conto cria um universo paralelo onde seres fictícios vivem situações de seu cotidiano fantasioso, às vezes próximos do real, mas com o intuito de criar um estranhamento através de uma leitura da sociedade. Ele apresenta um narrador, personagens e enredo, mas também um ponto de vista, o que faz com que a obra tenha um caráter mais ou menos agressivo enquanto crítica social.
A melhor maneira de compreender um conto seria inicialmente fazer uma primeira leitura deste e depois tentar levantar informações sobre o seu autor, sua biografia, para se situar no universo deste. Normalmente um conto não é publicado isoladamente, às vezes faz parte de uma obra maior. Depois disto devemos tentar compreender as palavras utilizadas, a escolha destas não é casual, então devemos tentar perceber porque fora usada esta e não uma outra que tenha o mesmo significado. O título também é muito significativo, tentar descobrir, no texto, o que levou o autor a optar por este título deixa o leitor mais sagaz. A partir de então, podemos começar a analisar propriamente o texto e para tanto, algumas perguntas hão de se tornar uma constante, tais como QUEM?, POR QUE?, ONDE?, COMO?, QUANDO?.
Existem grandes especialistas em análise de contos, conhecer a sua visão sobre a estrutura de um conto torna mais fácil e prazerosa a leitura de qualquer destes. A professora Heidi Strecker dá dicas de grande importância e utilidade para quem quer começar a ler contos ou aprimorar-se no entendimento destes.

Alessandro Freitas